Bee Kind to Yourself
Ser gentil comigo mesma é uma lição que vai e vem.
Se vai e vem é porque eu ainda tenho outros níveis de aperfeiçoamento nessa matéria.
Ontem a Monali Bassoli me deu esse bordado de presente e não poderia estar mais alinhado com o meu ciclo atual.
Dentro de mim há uma cuidadora. Eu sou alguém extremamente sensível aos ambientes e pessoas e isso faz com que eu consiga perceber sinais e ler necessidades com muita facilidade. E eu gosto de cuidar, gosto de acolher, gosto de ouvir… o contato com as outras pessoas e suas histórias realmente fazem o meu ser pulsar de vida. Eu vibro com essas interações.
E eu sou alguém que ama e se interessa genuinamente pelas outras pessoas.
Acontece que de tempos em tempos, nessa de querer fazer as coisas pro lado de fora, eu fico menos interessada em mim. Nesse processo podem ter muitas coisas escondidas: dar amor pra poder receber de volta, me enfraquecer pra poder receber cuidado, achar que a minha vida é menos importante… Veja que pra mim não é nem uma questão de estar demasiada ocupada com os outros, mas sim em estar desinteressada por mim.
Independente do que me leva a esse lugar, todas as vezes que eu me abandono em algum nível, o meu corpo grita me avisando que eu preciso voltar pra mim. Há épocas que esse processo é rápido, outras nem tanto. Independente do tempo que dura pra metamorfose acontecer, sempre recebo ensinamentos GIGANTES.
Esse voltar pra mim, às vezes acontece em camadas muito profundas. Embora o conteúdo seja denso e mais difícil de visitar, eu gosto. Eu gosto da investigação, eu gosto do mergulho, eu gosto de trazer à luz tudo que tá no pantano.
O que eu gosto menos é da manutenção, a manutenção do meu bem estar sempre é mais desafiadora. Acho que justamente por isso, esse tem sido o tema do meu trabalho nos últimos 4 anos. São os pequenos e sutis detalhes que juntos garantem que eu sou capaz de ter dias bem amparada por mim mesma.
De forma prática, isso implica em cozinhar minha própria comida, garantir que eu estou ingerindo os nutrientes adequados, fazer meus chás de ervas, hidratar a minha pele, manter meu quarto limpo e organizado, escutar músicas que me fazem bem, movimentar o meu corpo com regularidade, ter encontro com pessoas que me inspiram, dormir quando tenho vontade, criar uma rotina para ordenar as minhas tarefas de trabalho, rezar, respeitar o meu nível de vitalidade…
Veja bem, isoladas essas são tarefas simples e pra algumas pessoas isso talvez já esteja tão impregnado na rotina que talvez eles nem consideram como atos de cuidado… E existem sim, muitas camadas para cuidarmos de nós mesmos, cada um pode reconhecer quais são as áreas que necessitam maior atenção. O meu frequentemente é o cultivo do dia a dia.
Eu compartilho a minha experiência porque gosto de escrever e porque tenho um compromisso em disseminar ideias e expandir a perspectiva para vocês, que me leem, de que é possível cultivar uma vida alinhada a sua verdade interna, mesmo que em alguns ciclos isso pareça quase impossível.
Que eu possa sempre dizer sim pra mim e pra minha vida, e então, que eu possa sempre incentivar você a dizer sim pra você e pra sua vida.
Com amor e cuidado,
Victoria Godoy